Mini resenha: A Última Missão de Gwendy (Stephen King & Richard Chizmar) - Um final melancólico

 


A saga de Gwendy começou lá em 2017, com A Pequena Caixa de Gwendy, e continuou em 2019 com A Pena Mágica de Gwendy, mas é então em 2022 que essa história chega ao fim: A Última Missão de Gwendy, publicado recentemente aqui no Brasil pela editora Suma. Stephen King volta para a autoria dessa história (o segundo livro foi escrito somente por Chizmar) e isso fica mais do que claro nas inúmeras críticas ácidas contra a era Trump nos Estados Unidos.

Gwendy, agora na casa dos 60 anos e depois de um tempo afastada da política, volta ao seu cargo para lutar contra a força do mal mais perversa do mundo: a extrema direita. Entretanto, a história mesmo começa com ela a caminho de uma estação espacial com o objetivo de dar fim a caixa de botões de uma vez por todas enquanto ela luta uma batalha contra algo que não pode ser vencido, os sintomas de Alzheimer que começaram a surgir. Da trilogia, esse é o livro com mais conteúdo e acontecimentos, Gwendy mais de uma vez tem a vida virada de cabeça para baixo durante essa história que se alterna entre o presente, na estação espacial, e o passado, quando ela volta à política e recebe pela terceira vez a caixa das mãos do Sr. Farris.

Um grande destaque desse livro, além da questão do Alzheimer, é a pandemia de Covid-19 que tem origem na própria caixa de botões! King e Chizmar souberam muito bem integrar os acontecimentos dos últimos 6 anos numa narrativa fantástica que tem aqui e ali alguns defeitos, mas que dão um final digno para a personagem, mesmo que triste e deprimente. Outro dois pontos é a integração dessa história dentro do próprio universo de King pois várias vezes Pennywise é referenciado (dica do que pode vir por aí?) junto com a Torre Negra e aqueles que buscam destruí-la. Essa foi uma trilogia muito boa de acompanhar e fica a recomendação, é comovente, empolgante e merece demais uma chance.


❧ A Última Missão de Gwendy (publicado originalmente em 2022)

❧ Stephen King e Richard Chizmar

❧ 424 páginas

❧ Editora Suma

❧ Tradução de Regiane Winarski

❧ ★★★1/2

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